segunda-feira, 7 de abril de 2008

Fim de um roteiro de amor


Dedicar uma parte de minha vida para demonstrar o amor que tenho pela Ordem DeMolay é um momento muito especial.
A família é sim, um baluarte fechado e insubstituível na vida de qualquer DeMolay, quando essas duas coisas, vivem momentos de intensidade, é trabalhoso para quando não doloroso!
Depois de anos vivenciando uma situação de respeito e dedicação, há menos de um mês e meio meus pais comunicaram-me que estão se separando!
Nitidamente, ficaria estranho do porque escrever algo tão pessoal e privado. Mas afinal, quantos de nós não temos essas situações em nossas vidas pessoais, e deixamos ou criamos uma sina maior do que o próprio fato! Isso mesmo!
Se para artistas além da dor, a separação pode ser um momento de constrangimento do casal, filhos e familiares. A separação de meus pais, não!
Vivenciando uma trajetória de luta de um casal que dedicou sua vida ao amor, a formação dos filhos, eles devem saber que cumpriram seu papel até o último segundo. Justamente com dignidade. E verificar que a separação aconteceu, sem brigas (até agora), sem discussões ou mesmo um levante de voz, é digno de admiração.
É evidente que num momento profissional de transformação, final de mandato de um trabalho duríssimo, dedicado e com comprometimento de tempo, físico e emocional, a surpresa da separação trouxe realmente um desgaste emocional que não estava preparado.
No primeiro momento, senti tranquilidade, pela forma como foi, depois vivenciar uma casa dividida não por paredes, mas por personalidades que afloram em diferenças, camufladas pelo casamento. Os filhos evidentemente muitas vezes invertem papéis, trazem para seu coração o papel de conselheiro, pai/mãe e muito mas muita dedicação emocional.
Após isso, percebi que não teria forças e nem preparo para superar isso sozinho! Busquei ajuda nas áreas de orientação, num segundo pai advogado, num padrinho contador e na terapeuta que tanto tempo tratou os meus pais.
Fiquei realmente emocionado ao perceber a solidariedade das pessoas, como também o entendimento delas com a vida de um casal. Renúncia e tolerância, deveriam ser os juramentos de um casamento.
A terapia que inicialmente serviu de base para tomada de decisões, começa a movimentar as peças do meu "jogo da vida". Cheguei inclusive a conclusão, que este serviço deveria ser público nos postos de saúde, assim como pediatra e assistente social. A mente humana pode oferecer surpresas, armadilhas, como também saídas inimagináveis!

Talvez a foto da posse e da segunda postagem deste blog deveria ser colocada de novo, enfim separados por mim, apoiados por mim, hoje sou mais um filho de pais separados.