sexta-feira, 8 de junho de 2007

Formigas trabalham sem barulho...

Eu francamente nunca sonhei em ser Grande Mestre, quando ativo, nutri sim meu desejo de ser Mestre Conselheiro Estadual, tinha minhas idéias, meus projetos, mas fiquei assustado com a política dos bastidores na época, fechamento de apoios e tudo mais.

Acho que não estava preparado para enfrentar essas situações e dentro da minha maneira mudar um pouco isso. Parece até um pouco puritano, mas até hoje não acredito que "aquela temperatura política" tenha feito bem, mostra-se o reflexo dos maiores operadores como também de seus Capitulos que dominados por seus discipulos, ou mesmo se revoltaram percebendo com clareza a "dominação surda".
Quando fui convidado a fazer parte da formação do Grande Capítulo, fui indicado, é bem verdade que sabia da importância daquele passo e da consolidação das forças no interior para que democratimente elegessemos os novos representantes adultos na Ordem DeMolay Paulista, acabando com aquele monte de cargos, a formação de currais, onde a Loja mais forte, ou mesmo, aquele "Tio" mandão poderia dominar. Supreendemente o processo aqui no interior foi calmo, sem surpresas, e com adesão.

Era jovem na maçonaria, e apesar do início ter sido estranhado (afinal era um rosto jovem, e em cidades, isso nunca ainda aconteceu!).

É justamente aí que entra o papel da escolha das pessoas. Gente da sua confiança, que gostam de trabalhar, fazer a diferença na obra maior, que é "pegar a máquina montada e fazer funcionar". Lembro-lhes que em todos os momentos refleti na montagem dos projetos para fazer São Paulo acordar em vários aspectos, colocando o dedo nas feridas que todos tem medo de tocar, mas não para apontar erros, e sim caminhos.

Recorri a pessoas da minha confiança direta, e que poderia realmente cobrar ou mesmo desligar, que aconteceu no processo inicial da formação do bloco.

Não foi tão grande quanto imaginei o "beija mão", me pediram poucas coisas, e cargos, sinceramente tem gente que está equivocado, acredita que pode ser algo de status, só se for muito bom no desempenho da função, senão estará queimado, trucidado pela massa DeMolay hoje tão crítica.

Trabalhar com pessoas diferentes, de culturas pessoais e de Capítulos diferentes, é uma escola de vida, fantástico!

Não tem sido fácil acompanhar toda a máquina, como também tocá-la! Mas a linha sucessória, ela prepara melhor qualquer lider, você tem oportunidade de conhecer as pessoas que realmente trabalham, aqueles que realmente pouco fazem, ou pior, aqueles que vegetam sobre suas funções.

Por isso, transformei os cargos de Delegados em gestores, e melhor, passeis os Delegados Regionais, para assessores, quem sabe aqueles que ocupam, batalhem o suficiente para trabalhar claramente nos projetos e possam ser futuramente nossos dirigentes.

Confesso, que tenho me preocupado com a ausência de projetos de algumas lideranças, do vazio na disposição para trabalho de alguns, e pior, da inércia de poucos que estacionam na teoria dos projetos. Entra aí o papel do líder e formalizar para cada gestor, amigo ou eleito a mobilizar sua força para fazer as coisas acontecerem.

Não gostaria depois dessa gestão mais nenhum jovem que pleiteie também, a lutar por um projeto para levar ao cargo, mas que ele lute para poder oferecer algo de melhor na organização, sendo o encargo do cargo, o instrumento de direção para onde queremos ir!

Talvez se isso estivesse mais presente em nossos corações, não teríamos os problemas de 1999 na Ordem Paulista.

Afinal, o que estamos fazendo construindo uma Ordem DeMolay Paulista para quem?
Eu escolhi um caminho claro e objetivo, com prazo e metas, agora é trabalhar!